Mais uma madrugada de textos que se algongam e esticam a cada piscada de olho, cada linha digitada, exaustão. Além da caneca de café-com-leite morno e aveia, um atialérgico, crises de asma. Saúde.
Mais um dia de corpo-instrumento de trabalho, professores, diretores, orientadores, supervisores, papel, papel, papel.
Eu na minha mesa.
Estatísticas e educação, teoria em prática, a vida respirando pausadamente na burocracia, como sempre. Quantas vias para pedir um chá mesmo?
Mais de um dia de corpo-educador, além do cansaço, muito além da condição do querer, transgride a escolha da profissão e desagua em brincadeiras num banco de areia, colocar agasalhos, amarrar cadarços em pés pequenos e contar histórias.
Cuidar do amanhã pré-supõem uma boa disposição física e mental.
...
Guardei cinco minutos nas páginas dos meus textos-obrigatórios para mim. Fiz no gramado uma cama de blusas, de um lado água (a vida transparente) e de outro mochila (grande parte da minha vida). Eu li sendo observada.
Ele era lindo e azul.
Inesperado.
Vigiada pelo céu, acolhida pela terra e protegida pela sombra da árvore nobre.
Mais ninguém, mais ninguém comigo.
Uma noite de leitor, um corredor frio e fones de ouvido, instrumentos nos tímpanos e Bourdieu na íris.
Um noite de "Procissões" e "Profetas", Gibran Khalil Gibrandiando a vida. E falando da vida e escutando as belezas de alguém que nasceu no Líbano e que deixo ecos de seus pensamentos numa brisa que se mistura com o ar quente e sufocante dos nossos pensamentos barulhentos de todos os dias.
Sinto que sou semente, aquela que ainda não encontrou uma terra onde quisesse se plantar.
Espera e teme ao mesmo tempo.
Existirá quem irá perceber que se abaixo a minha cabeça é por vergonha de transparecer qualquer sentimento cujo qual me arrependa depois? Será que encotrarei a pessoa que aguentará meus ataques de "fofura" seguidos de "pode deixar que eu faço sozinha"? Meu mau-humor matinal e insônia da noite, minhas vontades de cozinhar e ver filmes estranhos tomando vinho e comendo chocolates... Não vai estranhar meus gritos de Odin enquanto aprecio uma cerveja, meus momentos de burocrata-master-responsável sem humor para brincadeiras? Aguentará minhas alegrias repentinas, meus ataques de beijos e tristezas?
E meus silêncios?
E meus silêncios?
E meus vazios, minhas fotos-imaginárias feitas com o enquadramento dos dedos da mão, meu sotaque de procedência estranha... Meu heavy metal, rock, minhas óperas, músicas clássicas e MPBs ... Minhas décadas...
Partilhará mais que corpo comigo, partilhará alma, na consagração do amor, da amizade, cumplicidade, honra, fé, sexualidade, dedicação, liberdade, exteriorização e interiorização.
Há um bichinho pessimista que não me deixa.
(Este post não tem que durar, só o suficiente para eu expirar estas idéias...)
***
Mais um dia de corpo-instrumento de trabalho, professores, diretores, orientadores, supervisores, papel, papel, papel.
Eu na minha mesa.
Estatísticas e educação, teoria em prática, a vida respirando pausadamente na burocracia, como sempre. Quantas vias para pedir um chá mesmo?
Mais de um dia de corpo-educador, além do cansaço, muito além da condição do querer, transgride a escolha da profissão e desagua em brincadeiras num banco de areia, colocar agasalhos, amarrar cadarços em pés pequenos e contar histórias.
Cuidar do amanhã pré-supõem uma boa disposição física e mental.
...
Guardei cinco minutos nas páginas dos meus textos-obrigatórios para mim. Fiz no gramado uma cama de blusas, de um lado água (a vida transparente) e de outro mochila (grande parte da minha vida). Eu li sendo observada.
Ele era lindo e azul.
Inesperado.
Vigiada pelo céu, acolhida pela terra e protegida pela sombra da árvore nobre.
Mais ninguém, mais ninguém comigo.
Uma noite de leitor, um corredor frio e fones de ouvido, instrumentos nos tímpanos e Bourdieu na íris.
Um noite de "Procissões" e "Profetas", Gibran Khalil Gibrandiando a vida. E falando da vida e escutando as belezas de alguém que nasceu no Líbano e que deixo ecos de seus pensamentos numa brisa que se mistura com o ar quente e sufocante dos nossos pensamentos barulhentos de todos os dias.
Sinto que sou semente, aquela que ainda não encontrou uma terra onde quisesse se plantar.
Espera e teme ao mesmo tempo.
Existirá quem irá perceber que se abaixo a minha cabeça é por vergonha de transparecer qualquer sentimento cujo qual me arrependa depois? Será que encotrarei a pessoa que aguentará meus ataques de "fofura" seguidos de "pode deixar que eu faço sozinha"? Meu mau-humor matinal e insônia da noite, minhas vontades de cozinhar e ver filmes estranhos tomando vinho e comendo chocolates... Não vai estranhar meus gritos de Odin enquanto aprecio uma cerveja, meus momentos de burocrata-master-responsável sem humor para brincadeiras? Aguentará minhas alegrias repentinas, meus ataques de beijos e tristezas?
E meus silêncios?
E meus silêncios?
E meus vazios, minhas fotos-imaginárias feitas com o enquadramento dos dedos da mão, meu sotaque de procedência estranha... Meu heavy metal, rock, minhas óperas, músicas clássicas e MPBs ... Minhas décadas...
Partilhará mais que corpo comigo, partilhará alma, na consagração do amor, da amizade, cumplicidade, honra, fé, sexualidade, dedicação, liberdade, exteriorização e interiorização.
Há um bichinho pessimista que não me deixa.
(Este post não tem que durar, só o suficiente para eu expirar estas idéias...)
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