• Férias:
Noitão HSBC - Tema "Duas Caras", assistidos dois filmes franceses e um Alemanha/Inglaterra
Filmes assistidos: "Dois em Um"(direção: Vicente Amorim); "Xuxu", "Um homem bom"(direção: Bruno Lavaine & Nicolas Charlet)
Teatro Centro Cultural Fiesp - Peça "A Tempestade" adaptação do texto de Shakespeare (1613), mesclou tecnologia, imaginação e ótima interpretação! Valeu muito à pena.
Depois vagar pela Paulista à noite... É Natal na cidade de pulmões de asfalto, é Natal...
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Segunda-feira,
Eu mal posso ouvir o toc toc dos meus sapatos, na verdade, foi de propósito. Eu não pude ouvir ninguém me chamar, não que alguém estivesse realmente me chamando, mas se gritassem meu nome eu não ouviria. Foi de propósito. Não pude ouvir as reclamações de natal, as conversas sobre preços e presentes, trocas e procuras, o caos que se torna um momento no ano onde todos resolvem que precisam demonstrar seu apreço por quem consideram com presentes. Eu só ouvia a música que me permite fazer o trem se mover mesmo parado, fazer as pessoas caminharem dançando e os faróis ficarem todos verdes ao som de soluços.
Os pés foram pisando assim desajeitados como sempre fazem quando estão acomodados em sapatos de salto alto. As escadas aveludadas tinham bordas acessas de azul bucólico.
Tinha fones de ouvido.
Lugar escolhido, do meio o mais meio entre os meios.
Sapatos não assistem filmes, eles são deixados no chão e as pernas se entrelaçam formando uma borboleta.
Os óculos.
Noitão HSBC - Tema "Duas Caras", assistidos dois filmes franceses e um Alemanha/Inglaterra
Filmes assistidos: "Dois em Um"(direção: Vicente Amorim); "Xuxu", "Um homem bom"(direção: Bruno Lavaine & Nicolas Charlet)
Teatro Centro Cultural Fiesp - Peça "A Tempestade" adaptação do texto de Shakespeare (1613), mesclou tecnologia, imaginação e ótima interpretação! Valeu muito à pena.
Depois vagar pela Paulista à noite... É Natal na cidade de pulmões de asfalto, é Natal...
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Segunda-feira,
Eu mal posso ouvir o toc toc dos meus sapatos, na verdade, foi de propósito. Eu não pude ouvir ninguém me chamar, não que alguém estivesse realmente me chamando, mas se gritassem meu nome eu não ouviria. Foi de propósito. Não pude ouvir as reclamações de natal, as conversas sobre preços e presentes, trocas e procuras, o caos que se torna um momento no ano onde todos resolvem que precisam demonstrar seu apreço por quem consideram com presentes. Eu só ouvia a música que me permite fazer o trem se mover mesmo parado, fazer as pessoas caminharem dançando e os faróis ficarem todos verdes ao som de soluços.
Os pés foram pisando assim desajeitados como sempre fazem quando estão acomodados em sapatos de salto alto. As escadas aveludadas tinham bordas acessas de azul bucólico.
Tinha fones de ouvido.
Lugar escolhido, do meio o mais meio entre os meios.
Sapatos não assistem filmes, eles são deixados no chão e as pernas se entrelaçam formando uma borboleta.
Os óculos.
Os fones.
Segundo a lei silenciosa se deveria tirar os fones de ouvido ao entrar no cinema, não é? Mas, a lei silenciosa estava, como de costume, muda, portanto fiquei com os fones.
É a segunda vez na vida que faço tal exercício: observo as pessoas entrarem, sentarem, observo as luzes, as poltronas confortáveis, os casais, as crianças, os refrigerantes... Deixo os trailers passarem ao som da música refrescante e analisadora, crio frases novas para as dublagens, leio músicas favoritas nas legendas.
Acredito nos pequenos prazeres estranhos.
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