Fui até a cozinha, já era um pouco tarde,
realmente, não era uma hora convencional
para um café. Se eu ligasse para o cinza
do convencional talvez isso tivesse me
impedido.
Coloquei leite numa panelinha querida,
peguei a colher de pau, e fiquei mexendo
enquanto o leite fervia. Aprendi, quando
era criança, que mexer o leite enquanto
ele aquece faz surgir uma espuminha gostosa.
Adicionei duas colherezinhas pequeninas
de café solúvel, e mexi até que o leite
começasse a ferver.
A espuminha tentou subir, talvez voar,
talvez escapar do calor, e então desliguei
o fogo.
Fui escolher uma caneca. Peguei uma que
é larga na boca, tem um coração pintado,
como se fosse feito de jeans surrado...
Coloquei o leite na caneca, e a espuminha
estava finalmente na caneca. Mais duas
colheres grandes de Toddy, quatro gotas
de essencia de baunilha. Um chocolate
batom, metade dele na verdade, e um
pouquinho de canela em pó. Primeiro a canela
colorindo, dando graça à bebida, depois o
chocolate que se perdeu lá dentro.
Nestas horas sinto falta de poder sentir
cheiro. =)
Uma delícia, mas só eu saberia...
O bom foi que no fim, o chocolate estava
ainda parcialmente inteiro e quando coloquei
na boca, ele se desmanchou como dois toques
de pianos no fim de uma música.
Assistindo Marrie Antoinette [Sofia Coppola]...
P: _ Lika, você viu o allstar azul ali?
L: _ Aonde? No filme? kkkkk Não!!! Volta...
P: _ Ali, no início, quando ela vai experimentar
o primeiro sapato, tem um allstar de fundo.
L: _ ... Putz! hahahhahaha Muito sem noção!
Aparece neste vídeo:
E enquanto ela queria doces e sapatos, o povo
na França ficava cada vez mais miserável e
furioso...
