11 de jan. de 2009

Sutilezas



Ninguém sabe quantas pessoas passam pela minha cabeça quando olho para o céu, quais situações estou recordando quando entro no prédio do meu trabalho, quantas palavras diferentes já apaguei para escrever este único texto.

Gostaria que uma pessoa soubesse que penso somente nela quando fecho os olhos e lembro de ter deixado minha cabeça cair para trás para olhar a imponência dos prédios que tendenciam ao infinito sem poder tocá-lo, ao mesmo tempo que brincam de esconder as nuvens da noite escura da Paulista. Lembro somente desta pessoa quando passo pelo lugar onde conversamos e vejo as rosas coloridas do jardim companheiro e confidente. Lembro da vibração das vozes, de me perguntar por que eu sempre colocava as mãos no bolso quando íamos caminhar. Aprendi que estava errada quanto às palavras... Elas não limitam tanto quanto eu pensava... Muitas vezes arrepiam a pele e aproximam pessoas, levam o sentimento para aqueles que tem dificuldades em falar frente a frente, possibilitam contato mesmo de longe...

Eu estou feliz.
As sutilezas e os detalhes estão preenchendo a minha vida de forma plena. A paciência tem acalentado minha imaginação e a recompensa pela espera é a perfeição de cada momento.
Não posso perguntar se é verdade, pois sei que é.
Eu estou feliz, plenamente feliz.


Folhas secas de outonos verdadeiros e sublimes
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