Não procure respostas nas respostas alheias ou nas minhas próprias divagações, isso irá te consumir e aguçar sua imaginação colocando-me no meio de memórias que nunca estive.
A liberdade apazigua meu coração.
Às vezes, sou filha do silêncio, me deito em seu colo, em frente a uma lareira para ouvir as batidas do meu coração.
Às vezes, no meu sangue, corre a essência do outono, fico alaranjada de saudades de tudo o que foi e o que ainda não aconteceu; caminho suave como uma folha no seu último suspiro, termino o dia em tons pastéis, aconchegante e dócil.
Em dias peculiares já fui luz da cidade grande, necessidade de me ensurdecer com o barulho das ruas paulistanas, cerveja, sinuca, bar da esquina.
Todos os dias somos múltiplos em nós mesmos, universos internos.
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